O
atual cenário econômico internacional ainda é preocupante e, no caso de choques
imprevistos, pode ser ainda mais pernicioso sobre o desempenho da economia
brasileira. No entanto, já percebemos alguns sinais de problemas internos que
podem ser mais nocivos.
O
país cresceu na primeira década do milênio a um bom passo. Uma taxa de
crescimento do PIB em torno de 4% com reduzido crescimento populacional tem
efeitos significativos ao longo de 10 ou 20 anos. Podemos perceber isso pela
emergência da nova classe média e a redução da pobreza extrema. Se o país
continuar nesse passo, no espaço de tempo de uma geração ou 25 anos ele
apresentará um nível de desenvolvido muito maior e melhores condições para
sanar os inúmeros problemas sociais existentes. Em duas gerações estará no
grupo de países desenvolvidos.
Só
que o crescimento recente explicitou alguns pontos fracos da economia
brasileira. Ele só foi possível com redução da taxa de desemprego, ou seja,
empregando recursos que estavam ociosos. Com o baixo nível de desemprego, novas
pressões no mercado de trabalho se traduzirão, principalmente, em elevações
salariais e de preços, ou seja, inflação.
Para
continuar crescendo ao passo da primeira década do atual milênio, o país
precisa tomar medidas que elevem, sobretudo, a produtividade. Mas isso não pode
ser feito no curto prazo, ou seja, para isso será preciso planejamento e
vontade política para que o país possa manter uma boa taxa de crescimento de
forma sustentável.
Para
elevar a produtividade o governo precisa focar na melhora da infraestrutura, do
sistema educacional, sobretudo na educação básica, em respeitar e garantir que
se respeitem a lei e contratos realizados de forma e estimular o investimento
privado e integrar a economia brasileira à mundial através da intensificação do
comércio internacional.
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