quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dilma fala sobre medidas protecionistas

  A nossa presidente vem atacando as medidas de política monetária norte-americana de forma sistemática nos últimos dias. Um exemplo é a matéria que saiu no site da Exame (link para a notícia).

  Por um lado, ela critícia a política monetária adotada nos EUA porque acarreta em uma depreciação do dólar. Por outro, a presidente defende as medidas tarifárias adotadas no Brasil. Isso me parece bem contraditório.

  Adicionalmente, ela fala que os países precisam sair juntos da crise, ou seja, que todos precisam tomar medidas que estimulem suas respectivas economias. Uma política monetária expansionista vai justamente nessa direção, ou seja, os EUA estão fazendo justamente isso. Outra contradição que é fácil de ser apontada!

  Além disso, a política fiscal expansionista já vem sendo adotada pelos EUA, o que explica a grande elevação da razão Dívida/PIB do país nos últimos anos (evolução Dívida/PIB). Outro ponto, é que existem limitações legais que impedem que o país adote essa política de foma mais agressiva (teto da dívida).

  Em outras palavras, é uma necessidade que os EUA continuem a adotar política monetária expansionista para estimular sua economia. Isso faz parte de um processo de recuperação conjunta da economia mundial, como ressaltado pela própria presidente.

  Precisamos focar mais nas medidas que o Brasil vem tomando para recuperação dessa crise e como fazer para que nosso crescimento possa ser estimulado de maneira sustentável, no longo prazo. A economia mundial e, principalmente, os países desenvolvidos vão se recuperar de forma lenta, ou seja, os tempos de ventos favoráveis passaram e não vamos poder mais surfar no elevado crescimento da economia mundial por um bom tempo.

 O governo ainda está muito preocupado com medidas que afetam o desempenho econômico apenas no curto prazo. O foco precisa ser mais voltado para políticas econômicas de longo prazo.


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